Atividades Econômicas Sustentáveis
As atividades de subsistência, como a produção de alimentos nas roças, a caça, a pesca e a coleta de produtos da floresta, têm um papel central na alimentação dos Kayapó, Trumai, Tapayuna e Yudja. Nas aldeias, cultivamos alimentos essenciais à dieta tradicional, como banana, mandioca, abóbora, batata-doce, cará, inhame, mamão, melancia, e outras frutas. Na floresta coletamos mel, açaí, bacaba, pequi, e caçamos animas como caititu, queixada, anta, veado e quelônios, como jabuti e tracajá. Os rios das nossas terras indígenas são piscosos e capturamos uma grande diversidade de espécies como pacu, piau, traírão, pintado, pirarara, matrinchã, tucunaré, piranha, bicuda e outras.
Houve nos últimos anos um aumento significativo na renda das comunidades, tanto devido ao fortalecimento de iniciativas de geração de renda a partir da venda de produtos da sociobiodiversidade e serviços, quanto ao maior acesso dos indígenas a benefícios sociais e salários.
As atividades ligadas à economia da floresta com maior potencial no território são a coleta do Cumaru e a Arte Indígena. O Cumaru aumenta cadavez mais a demanda no mercando nacional e internacional principlamente na indústria cosmética e mais recentemente tem tomado força na gastronomia nacional e internacional. A produção de arte indígena tem sido resignificada para a comercialização; e graças ao apoio de parceiros, o Instituto Raoni tem sua própria marca: a “Arte Indígena Instituto Raoni” que representa os quatro povos associados ao Instituto Raoni. Também tem a marca dos produtos da sociobiodiversidade que dárá impulso à insersão no mercado de produtos como o óleo de copaíba, farinha de mandioca, mel de abelha, pequi e baru.
As atividades econômicas tradicionais com potencial no mercado estão sendo fortalecidas através de oficinas para geração de renda, catálogo da arte indígena do Instituto Raoni, oficinas de beneficiamento de produtos da biodiversidade e com a construção do plano de governança das atividades produtivas.